quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Ser
Neste preto e branco de ser
Faço borrões em arco-íris
Balanço o corpo em tons pastel
E quando olho é a cores.
Porque eu quero os meus dias assim
Em melodias dançáveis
Numa escala de cor em número de Sete
Onde mergulho a minha vontade
Num amarelo de Sol.
As pontas dos meus dedos escrevem
Na pauta do meu canto
Ao tom das violetas
Canteiros de melodias em aromas mil.
Neste preto e branco de ser
Serei… coloridamente…sempre
E quem me quiser terá de sorrir
Em alvos sorrisos e pestanejar de ver nos meus olhos
A profundidade da difusão da luz.
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Olá Lisboa
Eu volto sempre
Como os amantes
Querem /não querem
Mas voltam
Sempre.
Mas querem sempre
Mesmo não querendo.
Olá Lisboa
Estou a chegar
Venho por rio e não por mar
Numa barca de rimas.
E as buzinas ficam no ar
Neste compasso de ir e ficar
Que por cá estar
Guardo no estio quanto me estimas.
Olá Lisboa
Rio o teu Rio
Ondas que brilham dentro dos olhos
Nesta corrente de margens largas.
Tão sedutor, lânguido e frio
Corre para o mar a abraçá-lo
Como se os remos desta barcaça
Fossem o canto de uma sereia.
Olá Lisboa
Em ti cresci neste regaço de canções
Embalada por apitos e castanhas
A balançar nos jardins de um fado
Na Estrela dos cavalos de pau
Em pontas de um ballet sem tranças
Que só os meus pés sabem
Desde mim. Ontem.
Olá Lisboa
Serpenteando os teus comboios
Ora à flor da superfície
Ora no ventre escuro
Entre o chiar dos travões
E a impaciência da espera
Dentro da minha infância
De ir à praia aquecer o Sol.
Olá Lisboa
Vou deitar a cabeça
Sonhar com as tuas luzes
Banhar poemas no teu rio
Cantar nas ruas encantadas
Ouvir a som estridente e dengoso
Dos carris gemendo eléctricos.
Agora vou dormir…Adeus Lisboa.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
A Paz que és em mim
vertical o meu olhar no horizontal balanço da água
no meu sal dourado que me cristaliza os passos
nas minhas mãos que me cantam as rimas dos olhos
nos dentes que cravo no teu ombro quando mergulho em ti.
vertical o meu peso que me atrai aos abismos da vertigem
no corpo que se desfaz como areia em grãos molhados
na concha do meu ouvido que dança pelo mar dentro
nas mãos que entrelaçam os dedos nos teus dedos.
vertical o meu sorriso na perspectiva horizontal das horas
na areia que encolhe dentro da marca dos meus pés
nos beijos que o mar me dá aos passos apagando as marcas que caminhei
nas palavras que nem sempre rimam com as batidas do meu peito.
vertical este dizer deitado em mim
na imensidão deste mar e céu a dormir nas ondas...nesta paz que és em mim.
terça-feira, 2 de setembro de 2008
AS CARTAS QUE SOMOS NÓS
Para que de nós não fique apenas a memória...mas nós...juntos...inabalavelmente inseparáveis. AMO-TE!!!AGORA E SEMPRE!"
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
A Vertigem ou O Regresso a Casa
Quero a vertigem do regresso,
Que o meu corpo arremessado saia
Do rodopio flamejante da saudade.
Quero no meu peito impresso,
A dor de ter onde caia
A implacável marca da verdade.
Que este corpo é a minha casa
E as janelas da alma batem violentas
No temporal de trovoadas lentas
Que o regresso impõe e o tempo atrasa.
Quero a vertigem do regresso
A cores, ao sol de um verão que abrasa,
A estrada por onde venho e vou e nada peço
E o ser é apenas e só o vento que passa.
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
A MINHA NANA FAZ ANOS HOJE
Ecos que a vida transportou por tempos
Dimensões que por momentos esquecemos.
Apesar de todas as barreiras sorriste nos meus olhos
E de imediato nos reconhecemos em abraços
E ouvimos a memória do que somos e seremos.
Irmã linda que em estados alternados de alma me entendes
Irmã de vidas que em estado de graça ou desespero estás presente
Amo-te como da primeira vez que partilhámos o caminho
E quero agradecer-te por seres a minha linda irmã de olhos de água
Com o sorriso mais aberto ao Sol que eu conheço.
PARABÉNS LINDA NANA! ESTÁS SEMPRE A BATER DENTRO DO MEU PEITO EM SINTONIA COM O “MÚSCULO ESTÚPIDO”, QUE SENTE SEMPRE QUANDO ESTÁS BEM E QUANDO NÃO, QUE TE ADORA E DESEJA QUE SEJAS PLENA E TOTALMENTE FELIZ!!!!!!!!!!!!!!
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
(Desa)Sossego
Quero que este arrepio seja a paz profunda dos meus sonhos
E o meu corpo se abra em leque perante o espelho dos meus olhos.
Sossego. Silêncio plácido das tardes quentes em planícies de Verão.
Quero embalar o meu sono em redes suspensas no balanço da sesta
Deixar escorrer pelos cabelos, estrelas de um mar azul em festa.
Sossego. A inabalável certeza de ser feliz, um dia de cada vez
E deitar-me no orvalho da relva que embrulhou a minha dor e a desfez.
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
OITO
Data especial a de hoje!Para quem conheçe um pouco de numerologia, sabe que a redução, ou soma de todos os números que formam uma determinada data, resultam num número, ele mesmo significado vibratório desse dia. Somando todos os números que constituem o dia de hoje chegamos ao número 8. Quanto ao significado...deixo para pesquisa de quem tiver curiosidade.
Sombras
Sombras que a luz provoca nos meus olhos
Envolvem o meu corpo e subitamente
Sou um ser alado e florescente
E as penas que compõem as minhas asas
Sou apenas a desfolhar-me em mágoas
Transformando-me em sombra, em copo, em tronco
Sedimentando-me nos torrões secos da terra
Olhando horizontes de searas a dançar nos braços do vento.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
NÃO ERA USUÁRIA DESTE TEMPO DE FAZER COISA NENHUMA PELO MENOS AÍ HÁ UNS DEZ ANOS...NINGUÉM DEVERIA ESTAR DEZ ANOS SEM FÉRIAS, É UM CRIME, ENTENDO-O BEM AGORA. JÁ HAVIA TIDO ESTA TERRÍVEL EXPERIÊNCIA ANTES. DESSA VEZ FORAM 14 ANOS SEM UMA FOLGUITA. ESCREVINHAVA UMAS COISAS PELA IMPRENSA NACIONAL, DEDICAVA-ME A MORRER DEVAGARINHO QUEIMANDO OS PULMÕES EM 3 MAÇOS DE TABACO POR DIA...+ 1 NAS NOITES DE "FECHO". ENFIM...CAMINHOS TORTUOSOS QUE CAMINHAMOS PARA APRENDER A CAMINHAR.
MAS O QUE INTERESSA MESMO AGORA É QUE ESTOU DE FÉRIAS. FÉRIAS DE TODOS OS EPISÓDIOS QUE ME ATORMENTARM A VIDA NESTES ÚLTIMOS ANOS, MESES, SEMANAS, DIAS...FÉRIAS DA DOR ( COMO SE ISSO FOSSE POSSÍVEL) , FÉRIAS DAS DÚVIDAS, FÉRIAS DO DESAMOR, FÉRIAS DE SENTIR QUE PERDI TANTO DE MIM NESTES ULTIMOS TEMPOS, FÉRIAS PARA OLHAR O CÉU SEM LIMITES, FÉRIAS PARA ESCREVER ( PORQUE SEM ESCREVER MORRO...E LÁ SE VÃO AS FÉRIAS), FÉRIAS PARA DECIDIR PAR ONDE VOU, POR ONDE, COMO, COM QUEM, SE DE MÃOS DADAS, SE APENAS EU...FÉRIAS.
PARA QUEM ESTÁ NO MESMO ESTADO DE ALMA: BOAS FÉRIAS!
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Sombras de luz apagada
Diagonais
Divindades
Espectro Celestial
Espelhos de céu
Inclinado Sobre o Meu Olhar
Solitária no Areal Imenso
Longa extensão de areia,
Mar de ondas em novelos de espuma,
Acutilante Farol, como ameia
De um castelo, onde durma
O guardião da tua solitária esteira.
E o teu corpo esquecido abandonado
A fundir-se em nevoeiro e ocaso,
Despertou o meu curioso olhar.
Voyeuse em olhar parado,
Num tempo sem voz e sem prazo,
Que diga porque navegar…
Em bravo mar ou céu imenso e alado,
Ou no imenso areal húmido e sem par.
VIAGEM
Leques de Luz
Céu Novo de Chegar o Verão
A fingir nuvens de possível chuva, num Verão que teimou em sê-lo...deitei o meu olhar no horizonte senti-me azul e terra e dia e noite e todas as estações. Deambulei pelas searas, fui guerreira, desânimo, choro e gargalhada. Quando esperei calor, gelei. Quando o Inverno estava à minha porta, escorri suor e deitei-me na chuva a refrescar os sentidos. Agora que olho estes prados ainda verdejantes, o pasto do amanhã, sinto-me gota de orvalho e por isso deixei de ter lágrimas. Vou ficar seca como a palha…mas será só um dia, mais tarde. Hoje permito-me o devaneio de olhar para traz, para o que fui ou não fui. Nem sei se rio ou choro ou nada, absolutamente nada de sentir o querer sentir. O ontem serve-me apenas para saber que hoje não vou voltar a ser assim amanhã. O que uma seara, que esconde videiras de vinho redondo, pode dizer e provocar apenas só por olhar.
O mesmo caminho..outra Estação
Esta estrada que me leva
Pelo acesso reservado aos meus passos
Em neblinas invernosas
Ou apenas sob mantos de folhagens primaveris.
Esta estrada que me leva
O olhar nos ventos cardeais
E aceita com a mesma vontade o meu passar
O meu corpo a pisar esta terra batida
A minha vontade de voltar
Sempre que eu quiser
Sempre que for Verão, ou Inverno
Outono de ramos nus
Ou Primavera de verdes e fartas veste.
Esta estrada que me leva
Este caminho meu e dos meus olhos
Como gosto de o reter nas batidas da minha emoção.
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Os Sonhos não têm tecto
deita-te em mim, deita-me ao mar
Reflexos de Ser
Espreita-me o Amanhecer
A Fugaz Sombra dos Dias
Oblíqua Luz da Manhã
sábado, 21 de junho de 2008
Beija-me o mar
Adormece no inicio das ondas
Beija-me o mar
Embala-me o sono neste som
De espuma, sal e horizonte
Que o ritmo do meu peito é da água
E embarco neste ondular
Que do meu passado me arranca
Sem que dos olhos caia a mágoa
Sem que o tempo diga até amanhã
Sem que o dia seja estrelas
Sem que saiba viver sem amar.
Beija-me o mar
Na minha maré de ser mulher
No meu corpo a embalar
Tudo que fui, sou e serei
Sem me arrepender, sem me encontrar
Erro de cálculo
Quantos encontros falhar
Quantos sorrisos perder
Quantos sonhos deixar de sonhar
Até entender
O erro de cálculo
De uma rota mal traçada
De um olhar que não deveríamos ter visto
De uma palavra que não deveríamos ter ouvido
De um gesto diametralmente oposto ao entendido
De um dia menos brilhante que o querido?
Quantos olhos, temos de sofrer
Quantos horizontes depreender
Quantos relógios deixar de bater
Quantos batimentos desfazer
Até entender
O erro de cálculo
De viver???
domingo, 15 de junho de 2008
A ti em vôo livre de amar
Os vôos não têm penas, só liberdade
E neste desejo de voar até ao topo de nós
Deixo-me levar na corrente de ar
Respiro o teu olhar
Sinto o vento voar nos cabelos.
E quando me encontro no céu, a sós
Sobrevoando os olhos da cidade
Aceito todos os teus convites
E sei exactamente que este voar
É o bater do meu peito a sonhar
Com a tua boca na minha e as tuas asas
Abertas a planar
Neste corpo que já não é só meu
Também o é do teu olhar.
POIESIS
Finalmente surgiu. Uma das promessas que fiz a mim mesma nesta vida foi a de escrever e publicar 1 livro. E assim, depois de passados quarenta e oito anos, chegou...em conjunto com os meus parceiros de viagem das palavras...POIESIS.
Gostei tanto de estar aqui...de dizer aqui...de sentir aqui.
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Quando eu Acreditava....
Quando cá cheguei para aqui viver, cheia de esperança, escrevi um pequeno texto que publiquei na "Folha de Montemor". Um amigo meu, que foi membro do partido comunista (noutra vida), leu-o e teve uma reacção inesperada...achei inicialmente que ele iria gostar, mas não, fartou-se de vociferar...chamou-me irrealista, que o Alentejo não era nada daquilo que tinha escrito, que era a luta e a fome e a miséria...que estava a tapar a realidade com prosas poéticas inconsistentes...enfim...o mais engraçado é que hoje, embora por diferentes motivos, dou-lhe razão. O Alentejo não é nada do que sonhei e escrevi. Talvez não seja possível ainda, depois de tantos anos de sofrimento, opressão e fome, fazer um Alentejo de gente aberta, feliz, evoluida, que não passe grande parte da sua vida a remoer o seu semelhante....talvez um dia...Entretanto, para que quem se deu ao trabalho de ler esta dissertação sobre o passado, presente e futuro desta região a sul de Portugal...deixo aqui o referida texto. Julguem por vós mesmos...
CHEIROS
Entrei na cozinha e o ar estava inundado de odor a pêssegos. Deixei-me envolver pelo cheiro e fui levada pelo vórtice das memórias que o tempo distraiu. Entrei pela infância como quem passeia na montanha russa da feira impopular dos tempos de criança, que tanto nos enternece como nos atira para as terras movediças da inconformidade. Mas apesar de todos os arrependimentos, a memória deixa-nos na boca odores com o sabor da inocência e o desejo de reter pelos tempos imemoriais os cheiros que só existem porque os cheiramos.
Seguindo atrás do vento cheguei ao lugar com cheiro a terra, aquele cheiro seco e solarengo que nos sussurra em jeito de aviso ou predestinação levado por Aeolo aos ouvidos de quem já viveu aqui, para não cair na tentação de deixar secar o peito. É assim o meu Alentejo! Envolto nos cheiros da terra, pincelado pelo odor dos pêssegos, das cozinhas, das casas brancas de riscas azuis como o céu, dos terraços apontados ao divino, do sol mais quente que todos os sois que conheço, das gentes que teimam em não deixar secar o coração.
Sabe quem já passou por estas ruas empedradas de calor intenso a derreter a vontade de dar mais um passo, que não é fácil reter o cheiro deste Alentejo esquecido para alguns, desejado por tantos outros, subjugado por outros mais. Sabe quem vive aqui, quem se levanta pela manhã banhado em cheiros, que aqui o Sol não seca nem corrói, a terra não enruga e a vontade não desiste. É assim o meu Alentejo!
Terra das amplitudes tão térmicas como o horizonte, fustigada pelo vento que arde a alma, queimada pelo frio que nos entra pelo corpo dentro a fazer-nos desejar o estio. Também o inverno aqui tem cheiro a terra queimada pela chuva oblíqua a declamar poemas nas estórias deste povo sobre a capa da história. Apercebo-me delas pelas mãos crespas do trabalho de sol a sol, de tempestade a tempestade. Tocam-me pelo olhar dos velhos a desfiar dominós recitando dentro das palavras a enorme sabedoria de uma vida inteira de trabalho, transpirando a alquimia dos segredos que com eles ficarão para sempre encerrados se não lhes perguntar-mos docemente quem são e porque aqui passaram para ficar.
Não perco porém a esperança de que os aromas múltiplos deste povo perdurem eternidade fora, misturados com o odor dos pêssegos, da terra mãe desta sabedoria que se transporta de vida em vida. É assim o meu Alentejo! O nosso Alentejo, os que o amamos porque o nosso corpo dele faz parte e as nossas vidas, por muito distantes quem tenham andado, só existem porque nutridas pelo cordão umbilical deste sol quente batido a chuva, corporizado nos sobreiros, nos empurram a vontade de seguir em frente, sempre em frente. Este crescendo de vida dança-nos no ventre e coreográfa-nos o ser, os seres que o Alentejo abraça e beija longa e ternamente. Para quem não saiba ou não queira saber, fique sabendo: é assim o Alentejo!
Vanda Caetano
Algures em 2001
quinta-feira, 8 de maio de 2008
FOI HÁ QUASE 10 ANOS
Segunda feira foi a enterrar um amigo. Na verdade, mais amigo do meu pai que meu....talvez pela diferença de idade ou apenas de vivência social, política, vivência....ponto. Eu sempre lhe chamei Pinto de Sá pai. Pai do presidente da Câmara deste Montemor-o-Novo, onde vivo, encontrava-me por aí, nas mais variadas alturas desta minha vida alentejana e falávamos. Muito. Desabafos, a maior parte das vezes, revoltas, constatações. Tinha mau feitio...diziam.Eu gostava! Diziam muitas coisas...que foi da pide...imagine-se!!!...companheiro de luta do meu pai, no período pós 25 de abril, sempre foi um homem de esquerda, sempre se assumiu. e AGORA??? o QUE IRÃO DIZER MAIS? Podem dizer que trabalhou até ao fim. Que sempre se quiz manter activo e vivo. Que era ele mesmo, apesar do que diziam!!! Eu gostava! Dizia tudo o que lhe apetecia. Não se calava. Era austero. Não mostrava os dentes. Não era hipócrita. Eu gostava dele. Morreu. Não soube. Só hoje. Pinto de Sá pai...vou ter saudades!
sábado, 12 de janeiro de 2008
Corpo em curvatura
Rosas no deserto
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
A "minha" árvore está sempre lá
Desde que tenho memória, dar voltas ao Castelo teve sempre um sabor especial. As mães gostavam de "quadrilhar" um bocadinho em longas conversas de comadres, comiam figos de piteira e dos outros, enquanto nós, as primas andávamos em aventuras mil, pelos "bosques encantados" da verdejante mata. A pé, de bicicleta, de patins...subíamos árvores, colhíamos flores, por entre gargalhadas e às vezes uns socos e uns pontapés disfarçados, não fossem as mães dar por isso... e então era o bonito. E se era Verão, as amoras sujavam os dentes e a roupa e nós contentíssimas, como se os dias fossem uma sucessão de felicidades sem par e eram.
Vi das ameias o nascer do sol, no alto das muralhas deitei-me ao pôr do mesmo, observei a cidade e os homens e as mulheres e as criançinhas e os outros...de cima do monte maior.
Tesouros
No meu caminho
As palavras tomam a forma de imagens e declamam poemas de cor e nostalgia. Já tenho saudades daquilo que vou ser contigo!