quarta-feira, 30 de julho de 2008

Sombras de luz apagada

A parede estava nua de tanto branco, de tanta cal viva, que queima o tempo e tudo o que por ali passou. A porta estava fechada e podiam ouvir-se ainda as preces, sejam lá quais forem as razões, em vozes comedidamente cantadas em jeito de reza. O vento estava frio e o arvoredo balançava ao ritmo dos pássaros. O Sol estava de partida, mas não sem antes projectar as sombras de luz apagada ainda, a acender um pouco mais tarde, quando o escuro não quisesse deixar ver os degraus e o caminho.

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