segunda-feira, 25 de agosto de 2008

A Vertigem ou O Regresso a Casa


Quero a vertigem do regresso,
Que o meu corpo arremessado saia
Do rodopio flamejante da saudade.

Quero no meu peito impresso,
A dor de ter onde caia
A implacável marca da verdade.

Que este corpo é a minha casa
E as janelas da alma batem violentas
No temporal de trovoadas lentas
Que o regresso impõe e o tempo atrasa.

Quero a vertigem do regresso
A cores, ao sol de um verão que abrasa,
A estrada por onde venho e vou e nada peço
E o ser é apenas e só o vento que passa.

5 comentários:

Anónimo disse...

Que lindo, Vanda!

Posso dar uma idéia? Permita-me a intromissão. Se vc substituir a palavra "temporal" por "atemporal" pode adquirir um sentido espiritual de introspecção. Faz o teste, ao reler os versos, mentalmente, fixa no sentido e me diz se gosta.

Desculpe estar invadindo, mas é porque me senti livre demais do corpo, e solta com a alma pelo ar e pelo vento afora... O poema está perfeito. Uma verdadeira viagem astral - uma libertação profunda.


E ao falar em "Regresso", estou de volta aos blogues - o seu link brilha na seção de "Poetas Afins", nos meus dois espaços virtuais.


Beijinhos,

Ana.

meus instantes e momentos disse...

lindo, lindo post, muito bom. Gostei daqui, vou voltar sempre com certeza.
Tenha um belo final de semana.
Maurizio

Anónimo disse...

Querida. Vc está bem? Estou preocupada com o seu sumiço.

Aparece lá no meu blog - estás convocada!


Bjos...

Ana

Anónimo disse...

Amiga, sinto sua falta.


Fluidos de Luz,

Ana.

Unknown disse...

A deliciosa vertigem da viagem...de regresso...