
Quero a vertigem do regresso,
Que o meu corpo arremessado saia
Do rodopio flamejante da saudade.
Quero no meu peito impresso,
A dor de ter onde caia
A implacável marca da verdade.
Que este corpo é a minha casa
E as janelas da alma batem violentas
No temporal de trovoadas lentas
Que o regresso impõe e o tempo atrasa.
Quero a vertigem do regresso
A cores, ao sol de um verão que abrasa,
A estrada por onde venho e vou e nada peço
E o ser é apenas e só o vento que passa.
5 comentários:
Que lindo, Vanda!
Posso dar uma idéia? Permita-me a intromissão. Se vc substituir a palavra "temporal" por "atemporal" pode adquirir um sentido espiritual de introspecção. Faz o teste, ao reler os versos, mentalmente, fixa no sentido e me diz se gosta.
Desculpe estar invadindo, mas é porque me senti livre demais do corpo, e solta com a alma pelo ar e pelo vento afora... O poema está perfeito. Uma verdadeira viagem astral - uma libertação profunda.
E ao falar em "Regresso", estou de volta aos blogues - o seu link brilha na seção de "Poetas Afins", nos meus dois espaços virtuais.
Beijinhos,
Ana.
lindo, lindo post, muito bom. Gostei daqui, vou voltar sempre com certeza.
Tenha um belo final de semana.
Maurizio
Querida. Vc está bem? Estou preocupada com o seu sumiço.
Aparece lá no meu blog - estás convocada!
Bjos...
Ana
Amiga, sinto sua falta.
Fluidos de Luz,
Ana.
A deliciosa vertigem da viagem...de regresso...
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