
Quero a vertigem do regresso,
Que o meu corpo arremessado saia
Do rodopio flamejante da saudade.
Quero no meu peito impresso,
A dor de ter onde caia
A implacável marca da verdade.
Que este corpo é a minha casa
E as janelas da alma batem violentas
No temporal de trovoadas lentas
Que o regresso impõe e o tempo atrasa.
Quero a vertigem do regresso
A cores, ao sol de um verão que abrasa,
A estrada por onde venho e vou e nada peço
E o ser é apenas e só o vento que passa.